Tem noites que parecem não ter fim, assim como seus terrores.
Caminho pelos corredores da delegacia ao lado do
Sargento. Mais uma vez os outros policiais me encaram e sussurram, não consigo
dizer quais deles estavam com o Mão de Aço e quais só me achavam estranho. Mas
nada disso importava naquele momento.
— Conseguiu a resposta que queria? — o Sargento
pergunta.
— Sim — o encaro por um instante, sei que não
deveria dizer nada, mas não consigo me segurar. — É melhor que você não esteja
aqui essa noite.
— É, eu estava mesmo pensando em tirar uma folga e
dar uma olhada no meu filho.
Dito isso, vou embora. Ele entendeu e sabe que é
melhor sair do meu caminho. Não que ele já tenha me visto realmente bravo, mas
uma vez estava perto quando salvei um cara de ser atropelado e eu... posso ter
empurrado um ônibus para o lado com um chute. Isso com certeza deixou uma
impressão.
Já é de noite quando saio. Olho para o horizonte, na
direção do hospital — um pequeno ponto embaçado nessa distância — e me preparo
para andar todo o percurso novamente.
Eu poderia pegar outro taxi? Claro. Mas acabar com o
dinheiro que o Z conseguiu desse jeito me parece errado. Então ascendo meu
penúltimo cigarro do maço e começo a caminhar. Na minha mente tem duas coisas
em foco: retirar a Vallery da cadeia com os menores riscos e danos possíveis. E
a outra é como matar o Zuhiel.
Aquele cara — demônio — é perigoso, só não sei ainda
o quanto. Só que não posso deixá-lo por perto para descobrir. Todos a minha
volta correm perigo. Vallery com certeza foi apenas o começo. E eu não vou
deixar mais ninguém se machucar para esse cara chegar até mim.
Mas a pergunta é: como se mata um demônio? Descobrir
isso vai ser minha prioridade número um depois que a Vallery estiver livre.
Cruzo a esquina e olho para a confeitaria da Dona
Dalma. Ela já está fechada e com as luzes apagadas. Até que não é incomum para
o horário, mas achei que os garotos estariam aqui com ela para ajudar a arrumar
as coisas na loja, ou somente para não ficarem sozinhos no hospital. Vou ter
que perguntar aos garotos se está tudo bem com ela.
O hospital está se aproximando. Estou feliz que vou
poder dizer aos garotos que a Vallery é inocente. É claro que também vou ter de
dizer que precisaremos deixar a cidade e que vou sumir por uns tempos, espero
que eles se concentrem na parte boa. Não posso dar tempo de eles questionarem.
Precisamos arrumar nossas coisas e estar prontos para partir assim que eu voltar.
Quando passo pela porta meu coração gela. Tem algo
errado. Eu posso sentir. Escuto os gritos desesperados do Duncan. Fico com medo
do que vou encontrar ao subir as escadas, mas subo mesmo assim. Corro pelo
corredor, os gritos vem do meu quarto.
Quando entro arregalo os olhos. Duncan está tendo o pescoço apertado por um
homem de armadura, um que vira o rosto esquelético na minha direção. Ele está
tão decomposto que chega a ser irreconhecível, mas os olhos... brilhantes e
acusatórios eu já vi nos meus pesadelos. É um dos soldados que tentou me matar
quando eu era criança.
— O que... o que está acontecendo aqui? — tenho
dificuldade em formular a frase.
O Harvey está caído no chão e tem outro soldado
esquelético com o pé em cima do peito dele, pelo estado dele, tentou lutar e
foi derrotado. Já o Z está no canto, chorando, cercado pelos outros dois
soldados. Pelo menos não está ferido.
— Esses... esque-queletos vieram do na-nada! —
Duncan responde, com dificuldade.
— Principe demônio... — o soldado segurando ele tem
uma voz rouca, quase distante, como se sua alma estivesse muito longe do
próprio corpo. — Nós morremos por sua causa! Queremos vingança!
— Vocês tentaram me matar! — grito, me sentindo tão
indefeso como quando eu era um garotinho, odeio isso. — Deixem meus amigos em
paz!
— Não — ele aperta mais o pescoço do Duncan, a cor
já está desaparecendo do rosto dele.
— Zuhiel! — eu grito, o mais alto que consigo. — Eu
sei que é você quem está por trás disso! Faça parar!
— Por que eu deveria? Estou me divertindo com o show
— ele surge ao meu lado, com um sorriso que me faz querer soca-lo. — Eu disse
que andei te estudando, sei que esses quatro aqui não são os únicos que te
odeiam.
— Então é esse o seu plano?! Vai ficar revivendo os
mortos no meu passado até eu decidir te ajudar?
— Longe disso. Esses quatro aqui são mais que o suficiente
para torturar os seus amigos pelo tempo que eu julgar necessário. Veja — o
soldado segurando o Duncan relaxa a mão, só para que ele possa recuperar o ar,
mas não o solta. — Meu feitiço impede que eles tirem a vida dos seus preciosos
amigos. Mas nós dois sabemos que tem várias coisas piores do que a morte. Por
exemplo... — ele aponta para o braço do Duncan e o solado na mesma hora o torce
até ouvirmos um estalo. Eu arregalo os olhos na hora. O grito do Duncan faz meu
coração pesar de tanta impotência.
— Seu filho da puta! Eu juro que vou te matar! — dou
um soco nele, mas ele nem parece sentir.
— Você não tem poder para isso no momento. Deve ter
alguma fagulha sobrando, mas não pode me derrotar, nem salvar os seus amigos.
— Dy... do que vocês estão falando? — o Z pergunta,
lá no canto, nunca o vi tão assustado
— Eu prometo explicar tudo depois — respondo, depois
me viro para o Zuhiel. — Solte-os, agora! Senão nunca vou fazer um acordo!
— Ah, não. Não vou solta-los. Mas vou te dar a
chance de salvar alguém que ainda pode.
— Do que caralhos você está falando?! — meus olhos
brilham, o prédio chega a tremer, mas nem isso parece o assustar.
— Sua outra amiga, a que gosta de fazer tortas.
Acontece que nesse momento ela está para receber uma visita não muito amigável de
capangas do homem que você chama de Mão de Aço. Seria uma pena se algo
acontecesse a ela. Não acha?
— O que foi que você fez?!
— Eu? Nada — ele volta a sorrir. — Mas posso
ter sussurrado para ele que hoje seria uma noite propicia para agir. E você está
aqui, perdendo seu tempo. Seus amiguinhos vão continuar aqui te esperando. A
menos...
— Que eu faça o pacto e liberte meu pai? É, vai
sonhando — minha vez de rir. — Eu vou salvar a Dona Dalma, e quando eu voltar,
vou acabar com você de um jeito ou de outro.
— Ameaças vazias não te levarão a lugar algum
comigo. No entanto, se você aceitar o pacto, não só posso garantir a segurança
dos seus amigos, como nunca mais feri-los por quaisquer meios.
— A resposta ainda é não!
Saio pela janela, quebro o vidro e sofro vários cortes,
mas não me importo. Duncan e o Z gritam o meu nome, mas eu não olho para trás, não
posso, senão não vou ser capaz de fazer o que preciso. Respiro fundo e deixo o
ódio vir a tona. Meu corpo é coberto por uma aura vermelha e eu consigo o
impulso para me içar direto até a esquina. O problema é que a aura magica some
assim que aterrisso. É sempre assim desde que selei meus poderes, as fagulhas
que consigo despertar não duram.
Talvez o Zuhiel esteja certo. Não posso vence-lo ou
os soldados que ele trouxe de volta. Mas eu não fugi, né? Estou aqui para
salvar outra pessoa com quem me importo. Não é possível que quase mil anos
tenham passado e eu não consiga enfrentar aqueles homens!
As luzes ainda estão apagadas na loja, mas a
porta está aberta, escancarada — quem fez isso nem se deu ao trabalho de
esconder. Meu coração começa a bater ainda mais rápido, sinto que ele pode
pular para fora do meu peito a qualquer momento.
Eu entro, já esperando pelo pior. Começo a
ouvir vozes, elas vêm do segundo andar, onde ela costuma guardar os
ingredientes das tortas, mas também o cofre. Dona Dalma lá aqui, com pelo menos
mais três homens. Eles estão agitados; mas diante da conversa, parecem ser só
assaltantes comuns, eu posso lidar com eles, mesmo sem poderes.
Caminho devagar, tentando não fazer barulho.
Suo as escadas e encontro a porta aberta. Estava certo quando a quantidade: dois
deles estão apontando suas metralhadoras para a porta — nesse momento percebo
que não são ladrões comuns — e o outro aponta uma espingarda para a cabeça da
Dona Dalma. As mãos dela tremem enquanto tenta girar a combinação do cofre.
— Eu posso saber o que os três otários estão
fazendo aqui? — pergunto, tentando parecer calmo, eles têm que sentir que eu estou
no controle, do contrário, a coisa pode dar muito errado. — Ou já se esqueceram
que esse território é meu? — meus olhos brilham, a lâmpada do teto pisca
por alguns instantes.
— O chefe mandou dizer que isso acabou
—um dos homens na frente da porta responde, arrogante, corajoso e burro. — Ele
mandou dizer que a garota que foi presa hoje foi só o começo!
— É! Se nós não podemos te matar,
vamos ferrar com a vida de todos que você gosta! — o outro concorda e eu cerro
os punhos, Dona Dalma ainda está sob a mira da arma, ela me encara por um
segundo, assustada, suplicante.
— Seus olhos podem brilhar o quanto quiser!
— o homem segurando a espingarda grita, ele nem olha para mim. — Não nos
assusta mais!
— Vocês não sabem o que estão
fazendo... — eu respondo, tentando me manter calmo, não por medo deles, mas
pelo que eu posso acabar fazendo. Minha fúria não pode mais destruir um reino,
mas acho que ainda sou capaz de destruir uma casa inteira se eu perder o
controle. — Ainda dá tempo de vocês irem embora...
— É você quem vai aprender que nós
estamos falando sério — ele respondeu e então aperta o gatilho.
O mundo começa a andar em câmera lenta.
Escuto o barulho do disparo, o grito abafado da Dona Dalma e as risadas
daqueles homens. Antes mesmo do corpo dela cair no chão já sei que não tem nada
que eu possa fazer para salvá-la — o tamanho do buraco em sua cabeça, a
quantidade de sangue que jorrou, a proximidade que ela estava da arma —, pelo
menos foi uma morte rápida, bem diferente da que esses homens vão ter.
Caio de joelhos, sem acreditar. Sacudo a
cabeça em negação, ela não tinha nada a ver com isso, era uma das melhores
pessoas que conheci em toda minha vida e tinha morrido por causa da minha
arrogância! O sangue dela está em minhas mãos! Tudo porque subestimei o Mão de
Aço, tudo porque não fiz o que deveria naquela noite, acreditando que uma
demonstração de força e um pouco de piedade iriam impedi-lo de cruzar o meu
caminho novamente. Que ingênuo eu fui! O Zuhiel só trouxe à tona a fúria
de um inimigo que eu mesmo cultivei.
Os capangas não me esperam reagir, nem se
preocupam com o cofre. Eles saem correndo — um deles até esbarra em mim e me
derruba no chão — despertados para fora da loja. Os idiotas acham que podem fugir,
mas não existe nada nesse mundo que pode salvá-los de mim depois do que
fizeram.
Eu me levanto, sentindo todo meu corpo
tremer de raiva. Conheci Dona Dalma desde que me mudei para Seattle, levei
alguns anos para realmente me aproximar e me tornar amigo dela. Mas depois
disso, não teve um só dia em que nós dois não tenhamos conversado. A morte dela
não vai ficar impune!
Eu grito, tudo ao meu redor começa a tremer.
Meu braço direito começa a esquentar — bem no lugar onde está a tatuagem que
mantem meus poderes selados — tanto que parecia pegar fogo. E é isso que
acontece, agora não é só a aura vermelha ao redor do meu corpo, tem chamas
vermelhas feitas de escuridão e ódio, um vermelho tão escuro que beira ao preto
saindo por todo o meu corpo.
O brilho nos meus olhos aumenta até não
existir nada além do vermelho e o desejo de vingança. Meus problemas, minhas
preocupações, tudo some. Só uma coisa importa: o Mão de Aço e todos os seus
capangas. Até o fim da noite não vai restar um único homem de pé.
Eu sei que deveria ir salvar os meus amigos,
mas Zuhiel não vai mata-los. Precisa deles para me controlar. Então o Mão de
Aço é o único em quem posso descontar a raiva essa noite! Em um piscar de olhos
já estou na rua. Vejo os desgraçados entrando em um SUV prateado e dando
partida. Eu corro, sorrindo como um louco. É a primeira vez em muito tempo que sinto
uma real fagulha do meu poder despertar e não existia veículo algum que eu não possa
alcançar no momento.
O carro continua seguindo na direção de
Eastlake, eles estão ansiosos para dar as boas notícias ao chefe. Uma pena
estragar isso! Alcanço-os em menos de um minuto. Poderia fazer isso de centenas
de formas diferentes, mas assim que chego perto do SUV acerto um murro usando
toda a minha força. O carro toma um impulso para frente, mas fica desgovernado
e logo capota. Paro de contar depois da vigésima vez que ele gira. Vejo a
fumaça saindo, escutei o barulho de metal sendo amassado e os gritos dos
homens, acho que é pouco. Não sofreram nem metade do que deveriam!
Me aproximo do veículo. Eles ainda estão vivos,
de alguma forma. Isso é até melhor. Um deles coloca a cabeça para fora da
janela e me vê. O pavor em seus olhos eréa tudo o que eu queria, pude perceber
o arrependimento, a certeza da morte, o medo do que vem depois.
Cada passo que dei na direção dele deixou um
rastro de escuridão, as chamas que saem de mim estão queimando o asfalto e
escuto o crepitar intenso, como se elas gritassem junto comigo.
— Você... você é mesmo um demônio! —
o motorista do veículo grita, o mesmo homem que atirou em Dona Dalma,
De alguma forma ele conseguiu se arrastar
para fora, isso é mais que perfeito!
— Eu avisei, dei a vocês uma chance
de ir embora — eu o pego pelos ombros e jogo seu corpo na direção do carro sem
usar força, não quero acabar com ele tão rápido.
— Fique longe de mim! — ele tem coragem o
bastante para pegar a arma.
O homem atira, umas três vezes. Só sinto
realmente o disparo que acertou minha cabeça, um buraco enorme se abre e eu dou
alguns passos para trás, chego a cambalear, mas um segundo depois é como se
nada tivesse acontecido.
— Minha vez — digo, sorrindo diabolicamente.
Enterro minha mão no peito dele; como se sua
carne e seus ossos não tivessem resistência alguma, quase como uma sacola de
plástico se despedaçando. Sinto seu coração batendo acelerado, tum, tum,
tum, sem parar. Os olhos dele encaram os meus enquanto eu o esmago. Começo
a gargalhar quando a vida se esvai de seus olhos, não porque eu gosto de fazer
isso, mas porque a outra opção é chorar e se eu começar não vou conseguir
terminar o que tenho que fazer.
Não me importo com os outros dois dentro do
SUV, mas para garantir que vão morrer toco o veículo e deixo o fogo que sai de
mim tomá-lo. Paro apenas o suficiente para ouvir os gritos quando as chamas chegam
aos seus corpos, menos dois.
Só me resta me livrar do chefão, o homem que
teve a audácia de me provocar, mesmo depois de eu ter mostrado o que podia
fazer e oferecido clemência. Mas não dessa vez. Apesar de poder correr, não acho
que seja a melhor forma de cruzar até o outro lado da cidade. Olho na direção
do céu para me localizar e calcular o ângulo e então salto. Me torno um tiro
rasgando o ar em direção ao céu, o rastro de escuridão em volta de mim é como a
cauda de um cometa. Quando alcanço altura o suficiente giro a cabeça na direção
da casa do meu inimigo e voo até lá como um míssil.
Dessa vez, nada de entrar pela porta da
frente, nada de aviso ou de ameaças. Só existe a morte que vou levar com minhas
mãos. Eu atravesso o teto de supetão e todos são pegos desprevenidos. O caos
começa. A maioria sai correndo assim que me veem, mas alguns são estrupidos o bastante
para atirar em mim. Aponto minhas mãos para eles e o fogo caminha lentamente,
sabendo que chegará ao seu alvo e o transformará em cinzas.
Derrubo todos que aparecem no caminho até
ficar de frente para a porta do cretino. Eu a chuto com tanta força que ela se
desprende das dobradiças e é arremessada até atravessar a outra parede. O Mão
de Aço quase foi levado junto, mas ele cometeu o erro de desviar, isso vai ser
pior para ele.
Gosto de ver o pavor em seus olhos, o mesmo
daquela noite onde cortei sua mão. Mas dessa vez ele sabe que não vai sair
daqui vivo, por isso tenta rastejar.
— Alguém atire nessa coisa! — ele grita, mas
ninguém vem. — Não deixem ele me pegar! O que estão esperando?!
— Nada. Seus homens o abandonaram, os que
ainda estão vivos, pelo menos — eu respondo, dou mais um passo em sua direção.
— Você tinha que bancar o idiota corajoso, não tinha? — eu o
alcanço e o levanto com apenas uma mão. — Dá primeira vez que nós nos
encontramos eu te avisei para ficar longe, disse o que ia acontecer se cruzasse
o meu caminho... e mesmo assim, não adiantou nada! Acho que cortar sua
mão não foi o bastante, não é? Tudo bem! Dessa vez não vai restar nada!
Ele me encara assustado, esperando pela
morte, mas não foi é isso o que eu faço, não tão rápido. Sinto cada um de seus
homens — os que estão na propriedade, os que tentaram fugir, aqueles que estão
nos esconderijos, todos que tem algum traço de sua essência gananciosa — e
então o show começa. Eu o arrasto na direção da janela a tempo de ver as
cabeças de seus capangas começarem a explodir. É nojento, mas também lindo. Um
a um, onde quer que estejam vão todos morrer. E isso tudo porque o chefe deles
não pôde me deixar em paz!
— Você matou uma boa pessoa hoje. Alguém que
não merceia isso — eu o viro na minha direção, ele está ainda mais
horrorizado do que na primeira noite. — É uma pena que você não vá sofrer metade
do que realmente merece!
Eu toco a ponta do seu nariz com meu
indicador e vejo uma pequena fagulha de escuridão se fixar, por alguns segundos
ela ficou parada, pensativa, descobrindo o novo ambiente, logo depois começa a
se alastrar e o Mão de Aço a urrar de dor. Eu o largo no chão, como um
brinquedo quebrado. O assisto se contorcer e gritar por socorro por alguns
segundos, mas ele logo deixou de existir e as chamas se apagam. Não me sinto
satisfeito, isso não vai devolver a vida da Dona Dalma, mas pelo menos ele não
iria tirar a de mais ninguém, nunca mais.
Olho na direção do Hospital. A noite ainda não
acabou. Tenho que lidar com o Zuhiel e, para que ninguém mais morra essa noite,
vou fazer o que ele quer. Pelo menos por enquanto, ele venceu.
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